Comunicação é uma palavra derivada do termo latino “communicare”, que significa “partilhar, participar algo, tornar comum”.

O ato de comunicar é essencial para a vida em sociedade, pois a comunicação é a troca de informações, ideias concretas ou abstratas, opiniões, sentimentos e expectativas, que permite que consigamos sobreviver em sociedade.

Na arte da comunicação, as palavras são coadjuvantes de um grande espetáculo. Elas têm seu papel, é claro, mas não são as estrelas principais. Apenas 7% da mensagem é transmitida por meio delas. O tom de voz carrega consigo 38% do peso da comunicação, sendo que as expressões faciais e corporais são responsáveis por incríveis 55% da mensagem que queremos transmitir.

Isso mostra que, nas relações humanas nós afetamos e somos afetados pelos outros. Imagine que, quando nascemos, ganhamos uma mochila para guardar tudo o que vivemos: experiências, emoções, conquistas e até mesmo os fracassos. E quando interagimos com os outros, cada um de nós carrega sua própria mochila, cheia de segredos e memórias. É por isso que nossas atitudes são interpretadas de maneiras diferentes por cada pessoa, dependendo do que elas carregam em suas mochilas emocionais. E o mesmo acontece conosco, quando nos deparamos com as atitudes dos outros.

Ter uma boa comunicação faz diferença, mas nem sempre conseguimos nos entender com os outros. Isso ocorre porque cada um de nós enxerga o mundo através das lentes das nossas próprias experiências. Se eu pedir para um grupo de pessoas fechar os olhos e visualizar uma vaca, e depois pedir que cada um descreva a sua imagem, ficará claro que cada pessoa imaginou uma vaca única, baseada nas suas próprias vivências.

O medo é um sabotador da nossa comunicação. Ele atrapalha o nosso crescimento pessoal e abala a nossa autoestima, nos deixando inseguros e tirando toda a nossa espontaneidade, credibilidade e assertividade.

Mas como podemos melhorar a nossa comunicação?

Ter uma conversa consigo mesmo, conhecida como diálogo interno, é uma ferramenta valiosa para nos entendermos melhor, controlar nossas emoções e identificar pensamentos e crenças que nos limitam. Essa troca de palavras interna é capaz de impulsionar nossa autoestima, confiança em nós mesmos, respeito próprio e sensação de segurança. É como ter uma conversa descontraída com um amigo próximo, mas esse amigo é você mesmo.

Outro aspecto valioso para ter sucesso na comunicação, é ser assertivo. Uma pessoa que tem comportamento assertivo sabe afirma-se de um modo construtivo, defende seus direitos sem violar os direitos dos outros, aprende a receber críticas, faz conexão com as pessoas e sabe como mantê-la, reconhece e aceita os gostos, opiniões, sentimentos e reações dos outros, diz “não” quando necessário. Em resumo, uma pessoa assertiva é responsável pelo seu próprio comportamento e sabe como se comunicar de forma eficaz.

Por fim, mas não menos importante, está a empatia, que é a arte de ver as coisas de um ponto de vista que não seja o seu.

Stephen Covey, em seu livro Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, menciona que: “temos uma tendência forte de atropelar os sentimentos das pessoas, de correr para resolver as coisas através de conselhos. Mas com frequência deixamos de reservar algum tempo para o diagnóstico, para tentar compreender verdadeira e profundamente o problema, antes de mais nada.”

Nesse sentido, a empatia tem o poder de transformar as nossas interações, pois quando nos colocamos no lugar do outro, conseguimos compreender suas necessidades e emoções de forma mais profunda. Isso nos permite escolher as palavras certas e ajustar o nosso tom de voz para transmitir uma mensagem clara e acolhedora. A empatia é como um superpoder da comunicação, capaz de abrir portas e construir pontes entre as pessoas.